Sim... se o seu coração fosse meu.
Zilá preparou para mim um verdadeiro banquete.
Os aromas se espalhavam pela sala — pão sírio, legumes, ricota temperada —, mas nada me abria o apetite.
Forcei-me a comer, precisava de algo salgado.
Mas bastou olhar para a ricota para o enjoo me dominar outra vez.
Foi nesse instante que a suspeita me atingiu como um raio.
Grávida.
Meu Deus... e se eu estivesse grávida de novo?
Um turbilhão de sentimentos me invadiu — alegria, medo, esperança e desespero.
Chorei baixinho, com o rosto entre as mãos. Chorei pela felicidade de talvez gerar outra vida…
E pela tristeza de viver aquele momento tão frágil, com um homem que ainda lutava contra o próprio perdão.
Zahir ainda me amava, eu sentia isso — mas havia nele um muro invisível, erguido entre nós.
Cansada, deitei-me e adormeci sem tocar na comida.
Quando acordei, o sol já começava a descer entre as nuvens cinzentas de Londres. Tomei um banho rápido e vesti um vestido leve, preto, de alças finas. Prendi os cabelos, calcei as sandálias e segu