— Não brigaremos mais — disse ele, por fim, num tom inesperadamente sereno.
Observei seu rosto com cuidado: as olheiras fundas, os traços marcados, o semblante abatido. Parecia mais velho, mais exausto.
— Quero me desculpar pelo que ocorreu na hora do café. Não apenas porque o momento da refeição é sagrado... mas também pelo meu comportamento. — Fez uma pausa. — Você é uma boa mãe, não tenho dúvidas disso.
As lágrimas vieram, silenciosas.
Senti a tensão se dissolver dentro de mim, mesmo que por um instante.
Mas Zahir, ao me ver chorar, endureceu o olhar.
Os olhos, antes cansados, se tornaram frios outra vez — e a distância entre nós voltou a existir.
— Faço isso por Ali — disse ele, com voz controlada.
Baixei a cabeça, envergonhada.
— Eu sei... — respondi baixo. — Se ao menos você pudesse me ouvir...
Zahir me fitou demoradamente. Quando falou, as palavras saíram medidas, afiadas:
— Eu não vejo nada que você possa dizer que conserte o que fez.
Minha garganta se fechou.
Ele não estava e