Cru, intenso, e quase um castigo.
Por um tempo, só ouvi o som de seus passos lentos no tapete.
Então, o colchão cedeu levemente ao peso dele.
Abri os olhos.
Zahir estava ali, ao meu lado, deitado, apoiando a cabeça em uma das mãos.
Meu ar sumiu.
Ele estava lindo — e isso me irritava.
Os cabelos ainda úmidos caíam sobre a testa, o peito nu, largo e moreno, reluzia sob a luz tênue.
Aquele corpo, aquele rosto, aquele homem… o mesmo que me fizera sentir viva e destruída.
Os olhos dele me observavam, intensos, porém estranhamente calmos.
Zahir estendeu a mão, roçou meus cabelos, deslizou os dedos pela minha face e, por fim, pelos meus lábios.
Um arrepio me percorreu inteira.
Tentei conter o tremor, mas meu coração disparava, enlouquecido.
Fechei os olhos e senti seus lábios quentes tocarem meu pescoço.
Ele deslizou devagar, traçando um caminho úmido pela minha pele.
Meu corpo reagiu por instinto, buscando o calor do dele, enquanto a mente gritava para fugir.
O contraste era enlouquecedor — amor e medo, desejo e dor, tudo s