Chase Fields
A primeira coisa que senti foi a ausência de chão — uma queda sem direção, sem gravidade, como se o próprio universo tivesse arrancado minhas raízes da linha do tempo. Meu corpo girava, arrastado por correntes invisíveis que sopravam em todas as direções. O vento não era apenas vento.
Ele carregava vozes. Sussurros. Lamentos. Ecos em línguas que minha mente não reconhecia, mas que minha pele... minha carne... minhas células... pareciam entender.
— Não... NÃO! — Minha voz explodiu no vazio, mas foi engolida por um silêncio que não pertencia a lugar algum.
Não houve eco.
Não houve resposta. Apenas o som esmagador da minha própria existência desmoronando.
E então... tudo parou.
Como se uma mão colossal tivesse apertado o botão de pausa no tecido da realidade.
O chão surgiu sob meus pés, sólido, frio... A pedra lisa amarelada, polida, refletindo uma luz dourada que vinha dos vitrais em formato de sol, que refloetia na sala — ou talvez viesse de toda parte. As paredes ao red