Emmy Zack
Daha
Mergulhei em uma visão estranha, como se meu espírito tivesse sido arrancado do corpo e lançado a um outro plano. Talvez fossem meus poderes divinos tentando me alertar, ou quem sabe apenas um delírio do medo que me corroía.
Vi Alec em um trono feito inteiramente de sombras. As correntes de trevas que brotavam de sua presença se espalhavam pelo chão, retorcidas, vivas, dominando tudo ao redor. O mundo – aquele mundo que eu não reconhecia, queimado e fragmentado – se curvava diante dele.
E eu estava ali, ao seu lado.
Não era a mim mesma que via, mas sabia que era eu. Sentia a força de minha aura entrelaçada à dele, como se nossas essências estivessem costuradas juntas de forma tão profunda que a separação fosse impossível.
Uma sensação estranha se espalhou pelo meu peito. Medo, desejo, repulsa e um inexplicável senso de pertencimento.
Acordei com um sobressalto, levando a mão ao ventre. Uma pontada tão aguda atravessou meu corpo que precisei morder o lábio para não grita