Zayn Fields
A floresta parecia respirar medo. O cheiro da terra úmida se misturava ao odor ácido do pavor que pairava no ar. O vento soprava através das copas altas, carregando uivos que reverberavam pelas montanhas, carregados de desespero. Até os animais silenciaram, como se a própria natureza compreendesse que nós caminhamos sob sua proteção.
Permanecíamos em nossas formas lupinas há horas, cruzando trilhas esquecidas e vilarejos abandonados, seguindo os caminhos mais hostis e tortuosos, fugindo de olhos que jamais poderiam nos compreender — ou, pior, que sabiam exatamente quem éramos. O céu começava a clarear no horizonte, tingindo as nuvens com tons de cinza e azul pálido, anunciando que o amanhecer não tardaria.
O desconforto era palpável. Cada passo fazia nossos músculos tensarem, cada farfalhar de folhas parecia prenunciar uma ameaça invisível. A conexão mental entre nós vibrava, carregada de ansiedade e urgência.
Não havia chance de cruzarmos a entrada principal de Ry’Shra se