Toda essa linha de raciocínio... Gabriel sabia.
Ele não era burro.
Não era incapaz de juntar as peças.
Principalmente agora, depois que finalmente abrira os olhos para quem Vitória realmente era.
Ele sabia.
Mas preferia fugir.
Fugir da culpa.
Fugir da responsabilidade.
Fugir da verdade.
Ele queria...
Um álibi.
Uma desculpa.
Um motivo que o fizesse parecer menos vil aos olhos de Beatriz.
Agora, detido por dez dias, ele aceitava.
Até mesmo se fosse condenado a um ano de prisão, ele aceitaria.
Só queria que Beatriz não acreditasse que ele quis matá-la.
Ele jurava, de coração, que nunca quis tirar a vida dela.
Quanto à pessoa que realmente tentou matá-la...
— Rafael. — Chamou Gabriel, recuperando o controle, os olhos voltando a brilhar com frieza. — Durante os dias que eu estiver detido, vigie cada passo da Vitória. Não deixe ela fugir pra outra cidade. Muito menos sair do país.
Rafael entendeu de imediato e assentiu.
— Vou acionar o advogado agora. Pedir que prepare a documentação necessá