Mas, no esforço de virar o corpo, Gabriel perdeu o pouco de força que ainda tinha e, sem controle, caiu direto no chão.
Tum!
O barulho seco do corpo atingindo o piso ecoou alto pelo quarto.
Mesmo assim, ele não sentiu dor.
Nem se importou.
Tentou imediatamente se levantar de novo.
Naquele instante, um dos seguranças do lado de fora, que checava o quarto a cada dez minutos, ouviu o estrondo e, alertado, abriu a porta com pressa.
Ao ver o Sr. Gabriel caído no chão, se contorcendo para tentar levantar, os dois seguranças entraram às pressas para ajudá-lo, erguendo-o com cuidado e tentando colocá-lo de volta na cama.
Mas Gabriel resistiu.
Tentou empurrá-los, mas não tinha forças nem para mover o próprio braço, quanto mais afastá-los.
Com a voz rouca, irregular, quase falhando, murmurou:
— Me... Solta... Eu preciso... Falar com a Beatriz...
Não era gagueira.
Era que a voz simplesmente não saía com força constante.
Ele falava por partes, pausando para conseguir puxar ar, depois voltava com m