O médico assentiu discretamente com a cabeça. Sabia que aquele estado mental de Gabriel era temporário. Os medicamentos neurológicos ainda não haviam sido completamente metabolizados.
— E o seu ânimo? Está com sono? — Perguntou, observando-o com atenção.
Gabriel balançou a cabeça.
— Não. Não tô com sono.
O médico sorriu, leve.
— Ótimo. Então vamos conversar um pouco. Só um bate-papo, como dois amigos. Nada formal, fique tranquilo.
Ao ouvir isso, Gabriel imediatamente entendeu de onde vinha aquela sensação estranha que sentia desde o início.
“Claro.
Aquele cara não era um médico comum.
Era um maldito psicólogo.”
Fazia sentido ele ter chegado perguntando tanta coisa daquele jeito.
Na hora, seu rosto fechou completamente. Frio, direto, disse:
— Vai embora. Não quero conversar com você.
O psicólogo notou a mudança brusca no tom. O paciente que até agora parecia calmo de repente havia endurecido o semblante. Ainda assim, tentou manter a cordialidade.
— Eu não vim pra inva...
— Eu disse pra