Ana Beatriz é uma preta linda, uma jóia rara, preciosa, como a sua mãe a chamava, contudo, em algum momento de sua vida ela esqueceu isso. Os problemas, os medos e a tristeza tomaram conta dela e ela se deixou levar por eles. Edward King já amou uma vez e se depender dele, isso nunca mais vai acontecer. A perda o fez se tornar um homem frio em sua vida profissional e principalmente em sua vida pessoal. A vida de Ana vai se cruzar com a vida de Edward, e por trás do homem de sorriso maroto e encantador, às vezes surge o homem grosseiro e com um temperamento difícil, mas nada que Ana não possa lidar. Juntos os dois aprenderam o quão poderoso o amor pode ser em suas vidas, ele aprenderá a amar, e ela, bom, ELA É UMA JÓIA RARA, só precisa relembrar o seu valor!
Leer más— Senhor Edward? — A mulher de pele pálida, estatura mediana, olhar sério e vestindo um conjunto de saia e blazer social me chama ao se aproximar de mim. Seus cabelos estavam presos em um coque alto e o óculos que ela usava a deixava com a fisionomia severa, nem mesmo o batom que ela passou em seus lábios disfarçava isso. — Pois não? — Perguntei-lhe, levantando da poltrona que fiquei sentado a quase uma hora e meia. — O juiz George vai atendê-lo agora, me acompanhe. — Pediu me dando as costas e caminhando. Eu e Flávio passamos o dia inteiro pesquisando sobre o que aconteceu naquele dia que Maicon foi preso. Algumas coisas não se encaixaram e a meu pedido, Flávio foi pessoalmente conversar com o segurança de plantão naquele dia. Infelizmente, o homem não foi de muita ajuda. Flávio disse que ele havia sido despedido no dia seguinte e estava tão amedrontado ao falar com ele que o mesmo ficou preocupado. Isso me fez questionar: Será que ele está sendo chantageado? Algo me diz q
Ele parecia mesmo estar sentido em não ter feito mais. Eu sabia que Maria no lugar dele, iria muito mais afundo, buscaria contatos não só na polícia, mas no fórum, na prisão, funcionários que assistiram no momento do ocorrido. Maria tinha um jeito próprio de conseguir informações e eu gosto muito disso. — Sinto muito. — Volta a dizer com o olhar culpado. Às vezes esqueço o quanto Flávio é jovem. Trabalha comigo, faz uns 8 meses, o mais jovem dos associados. Parece que foi ontem que o mesmo teve a coragem de me interceptar no restaurante, quando eu estava em um almoço com Felipe. Assim como agora, ele usava calça jeans e camisa social de manga comprida neutras, a camisa por dentro da calça e o cinto alinhado perfeitamente, mas tudo isso não disfarçou o seu lado “nerd”. Timidez e fobia social são esperados de um “nerd”, mas Flávio confessou que fez a prova e naquele dia tomou a decisão de deixar tudo isso para trás, pediu uma chance e disse que faria o melhor. Realmente ele está c
EDWARD Hoje o dia foi estressante. Acabei não dormindo, não apenas pela frustração sexual que eu estava sentindo, mas pela segurança da amiga de Ana Beatriz. Era umas 5h30 da manhã quando recebi a ligação de Felipe avisando que consegui chegar até Lourdes. Lourdes?Esse é um nome diferente, porém, achei bonito, combina com a pessoa desaforada que presenciei na vídeo chamada. Ela me lembrou um pouco Ana Beatriz, Contudo, Ana Beatriz é tímida e a sua amiga não.Ana Beatriz? Pensar na mesma me dá uma sensação estranha. Mais cedo cogitei em avisar-lhe que sua amiga estava bem, mas achei melhor deixá-la dormindo. Então fui para o meu quarto tentar dormir um pouco, mas não consegui e fiquei até 7h olhando para o teto branco de meu quarto pensando em Ana Beatriz e o quanto amei tê-la em meus braços e saber que ela também quis isso.Ainda me sinto dividido entre ceder ao desejo, ou dizer não a ele. Mas confesso que minha força de vontade está se esgotando. Aspiro o ar fazendo um grande es
— Tudo bem! — Digo e escondo a vontade em sorrir ao ver a desconfiança estampada em sua face.— Tudo bem? — Ele me perguntou com aparente surpresa.— Se eu disser não, mudará algo?— Não!Aff! Ele é difícil, disso não tenho dúvida. — Então não adianta discutir. — Digo o óbvio e ele rir.E que sorriso. Balanço a cabeça em negativo, tentando esquecer o desejo que sinto ao vê-lo tão à vontade em minha frente.— Paulo me informou que o senhor designou ele para levar e buscar Levi. Agradeço, procurarei uma van escolar e...— Não precisa, Paulo ficará responsável por isso.— Não quero atrapalhar, ele é o seu motorista.— Em nada atrapalha, Ana Beatriz.— Tem certeza?— Sim, tenho!— Obrigada!— Disponha. — Sorrindo novamente , ele me observa atentamente se aproximando de mim e eu me controlo para não recuar como uma garota assustada. — Mas?— Porque não me disse que a escola é particular?— Esqueci, todavia, peço desculpa por isso, Ana Beatriz. Mas não se preocupe, já resolvi.— Sou realme
Após arrumar as roupas em seus devidos lugares, saí do closet e voltei a conhecer o quarto.O quarto era todo pintado de preto, mas não era nada mórbido, pelo contrário, o preto deixou o quarto sofisticado, e o teto pintado de branco deixava o ambiente claro. O teto do banheiro também é pintado de branco, as parede e chão traziam enormes pisos retangulares na cor preta, a bancada de mármore também era preta, assim como a pia embutida nela. A banheira e vazo sanitário também pretos dava o toque final de sofisticação.Nunca imaginei que um banheiro pudesse ser tão chique.Outra coisa que me chamou a atenção foi o box de chuveiro fora do banheiro, sendo que o banheiro dele é completo e tem box também.Será que ele não gosta de tomar banho no mesmo ambiente que caga? Levanto minhas sobrancelhas com total ceticismo. Vai saber, rico é cheio de não me toque.— O que esse box tem de especial? — Me perguntei caminhando até o box e o abrindo. — Puta merda. — Exclamei ao ver que o vidro do box q
As horas passaram rapidamente, eu já havia feito a janta, enquanto a roupa lavava. Após jantar com Levi, o ajudei no dever de casa, depois ele assistiu desenho na sala de estar, enquanto passei as roupas lavadas. Após organizar as roupas do senhor Edward e Felipe no cesto, coloquei no carrinho auxiliar e guardei em seus devidos lugares.O quarto do senhor Felipe era muito parecido com o quarto que eu e Levi ocupamos, claro que a vista da janela dele era mais bonita, enquanto a minha só se via prédios, a dele podia ver algumas poucas árvores. A diferença entre o quarto dele com o meu, eram as cores. A cor cinza era a que mais predominava. As paredes e o teto estavam pintados de cinza-escuro, até os lençóis da cama queen eram cinza-escuro.Agora sei de quem são os lençóis de cama cinza-escuro e claro. Pensei deduzindo que o senhor Felipe é fissurado na cor cinza.Os móveis são cinza-claro. A cabeceira da cama também é uma prateleira, onde havia alguns livros de direito cobertos por capa
— Não, não me sinto. — Digo pela primeira vez sentindo o choro me tomar sem controle algum. Os soluços balançavam meu corpo e Maria me abraçou apertado e eu retribui.— Shiii! — Ela disse ainda me abraçando. — Não desanime. Apenas se lembre, Bea, que pode ser uma maratona, não cem metros rasos. — Balancei a cabeça concordando.Ficamos abraçadas por longos minutos até sentir que minhas emoções ficaram controladas. Maria prometeu realizarmos mais sessões e eu aceitei, pois, sei que me fará bem.Quando vimos, já era quase meio-dia, e como o senhor Edward havia dado folga a ela, nós almoçamos, para depois comprar algumas roupas de frio e para o meu dia a dia. Após as compras, eu implorei a Maria para me passar a nota de tudo que foi comprado, mas ela não quis me dar, dizendo ser ordem do senhor Edward.Se ele pensa que pagará pelas minhas roupas está muito enganado. Penso determinada.Para não esquecer, aproveitei para comprar o banquinho, contudo, como achei os banquinhos baixos demais,
— Às vezes a saudade machuca bem mais que um ferimento físico. — Toco meu peito sentindo uma dor profunda dentro de mim. — Sinto muita falta dela, éramos amigas, contávamos tudo uma à outra, mas ela demorou para me falar que estava doente. Eu estava tão ocupada com a faculdade que não prestei atenção que ela sofria. — Pais são superprotetores, talvez, ela não tenha te contado, porque quis te poupar, não estou dizendo que foi certo, mas ela teve o motivo dela — Sei disso, Mainha era muito protetora comigo e Levi, sempre nos colocou em primeiro lugar, por isso não a culpo, Maria. — E não deveria se culpar também. — Eu não consigo. — Sei minha linda. As perdas, normalmente fazem isso, atingem a pessoa em cheio, as fazem se arrepender, desesperar, ficarem depressiva e muitas outras emoções. Lembrar dos bons momentos pode ser uma alternativa interessante para lidar com a dor e a saudade. E a sua autoestima baixa? — O que tem ela? — Mas cedo te elogiei, disse que você é linda, gosto
Eu podia ver sinceridade em seu olhar, por isso me vi falando o que realmente estava em meu íntimo e eu não conseguia falar para Lourdes e nem em voz alta. — Sinto o meu emocional cansado. Penso em coisas... Que não são boas! — Inicio sem conseguir olhar na cara da Luiza. — Diga-me o que te aflige, quais coisas são? — Penso muita coisa negativa sobre mim, mas o pior de tudo é acreditar que eu não devia estar aqui, me culpo pela morte de Mainha, em não ter notado os sintomas antes, às vezes tenho a sensação que estou me “afogando em culpa”. Penso na morte, às vezes desejo a minha morte. — Você já tentou... — Ela deixa as suas palavras suspensas. — NÃO! — Exclamei alto. — Eu não posso pensar em fazer essas coisas, meu Levi precisa de mim. — Continue. — Ela me incentivou e eu suspiro sentindo um peso no peito. — Tenho medo de falhar com meu irmão. — A encaro sem poder conter as lágrimas. — Eu não posso me dar ao luxo de errar, mesmo estando com medo. E acredite, estou morrendo de