Semideus

Eros achou que ela estava fingindo não o conhecer. Todos conheciam Eros Thorne. TODOS.

— Semideus— sussurrou no ouvido dela. Sua voz estava perfeita, grave, grossa, aveludada. E o cheiro a uísque foi a melhor parte, provocando um arrepio na sua intimidade.

Momentos depois. O corredor do hotel parecia girar levemente para Harper, ou talvez fosse só o efeito dos beijos, do álcool, da música ainda vibrando em sua pele. As luzes douradas e suaves do andar contrastavam com a pressa dos corpos colados, tropeçando entre beijos ansiosos e toques que já não sabiam mais esperar.

Eros a pressionou levemente contra a parede próxima ao quarto, seus olhos escuros cravados nos dela. Harper riu baixinho, meio embriagada, meio enfeitiçada. Seus dedos deslizaram pela gola da camisa dele, enquanto os lábios se reencontravam, famintos.

A porta do quarto luxuoso se abriu com um bip suave e, em segundos, eles estavam dentro. O contraste da calma do ambiente — com seus lençóis brancos, móveis modernos e iluminação indireta — não diminuiu a intensidade do momento.

Harper caiu rindo sobre a cama, jogando os cabelos para trás.

— Você quer?— murmurou, rindo bêbada.

Eros tirou o paletó e o jogou sobre a poltrona, os olhos ainda nela, agora mais contido.

— Quero! — disse baixo, se aproximando.

Ela arqueou uma sobrancelha.

— Tem certeza?

Ele sorriu.

— Tenho… mais do que nunca.

Harper tropeçou levemente, mas se firmou com um sorriso travesso. O olhar dela, intenso e ousado, desafiava qualquer limite. Eros esticou a mão para tocar sua cintura, mas ela o empurrou levemente contra a parede.

— Você sempre age no controle, não é? — sussurrou ela, colando o corpo ao dele.

Ele sorriu, como se estivesse acostumado a ter o comando. Mas logo a expressão mudou. Harper deslizou os dedos pelo colarinho da camisa dele, soltando um botão de cada vez com uma lentidão estudada. Seus olhos não o deixavam, analisando cada reação dele, cada respiração mais funda.

Eros tentou se inclinar, beijá-la, mas ela desviou de propósito, mordendo de leve o lóbulo da orelha dele antes de dizer, quase num sussurro:

— Hoje não semideus… hoje você me segue.

Ele engoliu em seco. Aquela era uma novidade. Estava acostumado a dominar, a conduzir — mas Harper era diferente. Havia algo feroz nela. Eros recuou até sentar na beirada da cama, puxado por ela. A tensão entre os dois era palpável. Cada movimento que ela fazia parecia carregado de eletricidade.

Beijo no pescoço, um chupão, dois três quatro. Ele estava completamente vermelho do pescoço para baixo, ela parecia com fome, muita fome. Deslizou sua mão para dentro da calça de Eros, estava durinho, grosso e…

— Completamente gostoso.— sussurrou.

Harper em cima, ainda vestida, beijava Eros de forma intensa, com urgência. Ele a virou ficando por cima, enquanto tirava a calça e os sapatos. O vestido de Harper já no chão, Eros ficou hipnotizado olhando para ela apenas de calcinha de renda vermelha sem sutiã.

“Ela está ali. Deitada na cama, cercada por lençóis que pareciam indignos de tocar sua pele. A luz suave marcava cada curva, cada sombra da sua lingerie vermelha, como se tivesse sido pintada para provocar o caos dentro de mim.

Ela não dizia nada. Apenas respirava. Mas era o suficiente para me desmontar por dentro. Meu coração batia no peito como um punho trancado, e eu, que sempre tive tudo sob controle… agora só queria ceder. Era só desejo? Não. Não mais. Era algo mais sujo e mais puro ao mesmo tempo. Um vício que me queimava a garganta, um pedido silencioso por mais — mais dela, mais daquilo que ela despertava sem esforço. Eu a quero. Não por uma noite. Não por um tempo. Eu a quero como alguém deseja ar, mesmo sem saber que está se afogando. Quero ela me tirando do eixo, virando meus dias do avesso, e me fazendo esquecer por que um dia achei que amar era errado.

A verdade é que não quero outro corpo naquela cama. Não quero outra mulher naquela lingerie. Só ela. Só Harper.”

Ele finalmente se jogou por cima dela! Mas ela não quis ficar por baixo, mudou de posição novamente.

Ele engoliu seco quando ela passou seus dedos na sua garganta.

Mordeu os lábios dele, depois a ponta da orelha novamente, isso fez com que ele ficasse todo arrepiado, e pronto para se afundar naquele corpo. Mas Harper o impediu de fazer qualquer coisa.

— Onde está a proteção? — Perguntou num sussurro sedutor.

Eros apenas esticou as mãos e abriu o preservativo. Colocou e… ela fez as honras de sentar bonito nele.

Como quem senta em um trono, um lugar na qual pertence por direito.

Ambos gemeram alto! Sentido um arrepio nas espinhas, aquele que não diminui a tensão, pelo contrário só aumenta. De baixo, ele via a incrível paisagem dos seios de Harper pequenos e tão perfeitos chamado por ele. As curvas bem acentuadas e sublimes daquele corpo angelical. Aquela voz, o gemido… levantou o peito e buscou seus lábios, seu pescoço, abraçou ela com força, precisava ter certeza de que não estava sonhando.

“Essa mulher prece um sonho”pensou.

Ela subia e descia com graciosidade, era sexo, mas parecia tão educado, tão perfeito… seu polegar encontrou seu clítoris, e com movimentos rápidos, ela se contorceu ainda por cima dele, ela gemia muito bem, um gemido singelo, completamente para aquele momento.

Ele a colocou por baixo, e sorriu de forma matreira, Harper olhou para ele, sem entender o que estava passando na cabeça dele.

Mas então ele sussurrou baixo em seu ouvido.

— Quero ver se continua tão graciosa gozando.— afundou com força seu pénis dentro dela.

Ela agarrou os lençóis , arranhou suas costas, mordeu sua clavícula, mas ele foi dela. Trocaram de posições durante horas, mas foi de quatro que ela gozou, num gemido alto, suas pernas fraquejaram e ele sentiu seu líquido vir com força. Soltou um gemido baixo, muito sútil, mas ela ouviu, principalmente quando ele sussurrou.

— Puta merda… você é gostosa pra caralho.

Sua voz grossa, deixou ela arrepiada, e sua intimidade também sentiu.

Quente.

Molhada.

Eros Thorne estava lixado. E ele sabia disso.

Ambos dormiram. Cansados. Bêbados e ele agarrado a ela. Sem intenção de a soltar.

O toque insistente do celular a fez despertar sobressaltada. Harper piscou algumas vezes, tentando entender onde estava — a penumbra do quarto e o cheiro amadeirado do ambiente luxuoso a lembraram da noite passada. Mas ela não ousou virar para o lado.

Ao ver na tela: Assistente de Simon, seu corpo pulou da cama como se o colchão tivesse espinhos. Atendeu com a voz embargada:

— Alô?

— Senhorita Harris, você está atrasada para o primeiro dia. O ensaio começa em 30 minutos.

— Merda... — sussurrou, tampando o microfone.

O homem ao seu lado ainda dormia, cabelos levemente bagunçados, expressão relaxada, quase... vulnerável. Mas Harper não se deu o luxo de hesitar.

Vestiu o vestido justo que achou no chão, agarrou os saltos na mão e saiu sem fazer barulho, os passos rápidos e silenciosos sobre o carpete. Nem olhou para trás.

“Foi só uma noite”, repetiu para si mesma. “E é melhor assim. Além disso nunca mais vou vê-lo.

Dentro do táxi, Harper se ajeitou no banco de trás, tentando esconder com a bolsa os vestígios da noite anterior. O vestido justo cheirava a perfume masculino e cigarros caros. O batom estava quase todo apagado, mas o borrado ao redor da boca ainda contava uma história recente — e íntima demais.

Passou os dedos pelo cabelo, tentando domar os fios embaraçados. Não havia tempo de passar em casa. Precisava chegar no estúdio, e o relógio parecia zombar dela a cada segundo.

Olhou pela janela, a cidade girando devagar diante dos olhos cansados, mas algo dentro dela estava acelerado — talvez fosse a adrenalina, talvez fosse a sensação estranha de estar escapando de algo que ainda nem sabia se queria fugir.

“Foco”, murmurou para si, virando o rosto para o espelho retrovisor e forçando um sorriso.

Mas por dentro, ainda sentia os olhos dele nela.

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