— Vai ficar me olhando assim por quanto tempo? — Isabella perguntou, tentando soar firme, mas a voz saiu mais baixa, quase um sussurro, traindo a fachada de controle que ela tentava sustentar.
— Até você parar de fingir que eu não estou aqui e que isso não está acontecendo — respondeu Romeu, a voz grave, carregada de uma certeza que a desarmava. Ele estava recostado com uma taça de vinho tinto na mão, os olhos fixos nela como se pudesse enxergar através de cada camada de defesa que ela erguia.
Isabella apertou o caderno contra o peito, os dedos cravados nas bordas gastas do papel. Sentia o olhar dele como uma corrente elétrica, percorrendo sua pele, aquecendo-a contra sua vontade.
Seu corpo reagia, cada célula traidora