Capítulo 34

Romeu não era um homem de palavras doces. Nunca fora. Mas havia algo em Isabella que desestruturava sua lógica, que desfazia seus silêncios, que o fazia aparecer na cabana dela a noite com um saco de lenha no ombro e uma garrafa de vinho na mão, como se fosse o gesto mais natural do mundo.

— Está esfriando — disse ao entrar sem pedir permissão, o olhar direto. — Achei que poderia usar isso.

Isabella o encarou, arqueando uma sobrancelha.

— Ei, eu pago aluguel, você lembra? Achei que isso me daria um mínimo de privacidade. E desde quando você se oferece para carregar lenha, Romeu?

Ele largou o saco ao lado da lareira, tirou o casaco devagar e o pendurou na cadeira com a mesma desenvoltura de quem já viveu ali.

— Desde que eu senti vontade de tomar um vinho em frente a uma lareira nessa noite fria.

Ela quase sorriu, mas se conteve. Aquele jogo entre os dois era um campo minado, e ela sabia que cada passo dele tinha um propósito.

— E eu devo ignorar o fato de que você tem uma lareira en
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