Na manhã seguinte Isabella estava sentada na beira da cama, o celular na mão, o coração ainda pesado pelas palavras cruéis de Isadora e do Dr. Almeida. A raiva e a dúvida que a consumiram durante o dia haviam dado lugar a uma exaustão profunda, como se carregar aquelas emoções fosse um fardo físico. Ela não tinha visto Romeu naquela noite, ele alegou que precisava fazer uma pequena viagem de trabalho. E pela primeira vez, agradecia pela ausência dele. Não estava pronta para encará-lo, não depois de tudo.
O celular vibrou, iluminando o quarto escuro. Era um áudio de Bia, sua amiga de anos, cuja voz sempre trazia um pouco de leveza, mesmo nos piores dias. Isabella hesitou antes de apertar o play, temendo que até a alegria de Bia parecesse distante demais para alcançá-la.
— *Bella, menina, cê tá sumida! Tô te mandando isso porque, olha só, teu aniversário tá chegando! A gente precisa fazer alguma coisa, sabe? Algo bem legal, pra se divertir de verdade. Tô pensando numa noite com as menin