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Eu Levei o Tiro, Ele enlouqueceu

Eu Levei o Tiro, Ele enlouqueceuPT

História Curta · Contos Curtos
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Resumo
Índice

Eu era apenas uma estudante que não podia pagar a faculdade. Por cinco anos, fui também a amante secreta do Mafioso Don Dante Costello. Para todo mundo, eu era apenas a profissional encarregada de restaurar sua coleção de arte. A sós, ele dedicava suas noites para me conquistar, me apertar e me beijar até ficar sem ar. Até que sua família arranjou seu casamento. Com Isabella Rossi. Uma princesa de uma família rival. Durante a festa de noivado, Isabella esfaqueou minha mão com um caco de vidro afiado. Ele me fez pedir desculpas. A ela. Por ter "causado uma cena" Segurando as lágrimas, inclinei a cabeça perante Isabella. Isabella perdeu uma aposta. A consequência era Roleta Russa, com uma bala em seis câmaras. Ele me fez entrar no jogo no lugar dela. Minha mão tremia enquanto colocava a arma na minha cabeça. — Você salvou minha vida uma vez. — Eu lhe disse. — Agora pode ficar com ela de volta. No instante em que desapareci de seu mundo, o implacável Mafioso que sempre teve tudo controle...perdeu completamente a cabeça.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Por cinco anos, eu fui duas coisas: a restauradora de arte de Don Dante Costello e seu segredo mais íntimo. Sua amante.

Então, a família dele forçou um noivado, e na noite da festa, resolvi partir e deixar para trás o homem que nunca deveria ser meu.

Eu saio.

Entreguei a minha demissão a Antonio, seu mordomo.

— Tem certeza? — Antonio apareceu surpreso. — O Don sempre esteve satisfeito com seu trabalho.

Satisfeito?

Quase ri.

Ele era Dante Costello. O Don. O líder da família mais criminosa e poderosa de Nova York.

Eu era apenas a garota que ele bancou nos estudos. A profissional que restaurava obras para pagar uma dívida. Uma pena sem fim.

Éramos de dois mundos diferentes.

— Já decidi. — Minha voz saiu mais calma do que eu esperava. — A dívida está paga. É hora de eu ir embora.

— Isto requer aprovação pessoal do Don.

— Então diga a ele. — Virei em direção à porta. — Não posso esperar muito.

Ao sair da mansão, toquei o colar no pescoço. — Um pequeno pingente em forma de espátula de artista.

Simples, mas para mim valia tudo.

Eu comprei para mim mesma quando me formei na escola de arte.

Era um lembrete da vida que eu deveria ter tido. Uma vida normal.

Ele me encontrou numa noite chuvosa, dez anos atrás. Ele patrocinou meus estudos.

Eu nunca imaginei que algo a mais aconteceria entre nós.

Naquela época, eu só sentia admiração e gratidão. Depois da formatura, concordei em trabalhar para ele para quitar sua enorme "bondade".

Eu sabia que em sua realidade não havia espaço para alguém como eu.

Mas uma noite, Dante estava bêbado. Seus lábios encontraram minha pele, e fui incapaz de resistir.

Cinco anos depois, tive que encarar a verdade. Eu estava apaixonada por ele.

Mas eu precisava ir embora.

Voltei ao meu apartamento e coloquei cuidadosamente a última pintura a óleo restaurada em sua caixa.

Enquanto começava a fazer as malas, uma mensagem de Dante chegou:

[Você prometeu que viria à minha festa de noivado. Mandei um vestido para você.]

Uma batida na porta. Um dos capangas de Dante estava lá, segurando um vestido de cetim branco.

— O Don está esperando por você, minha senhora.

Ele queria que eu o visse feliz com outra mulher?

Contive as lágrimas e vesti o vestido.

Este relacionamento precisava de um fim. Precisava de um ponto final.

O carro parou no local do evento. Respirei fundo e desci.

Torres de champanhe brilhavam sob lustres de cristal. Convidados com roupas caras riam e conversavam.

Cada pintura naquelas paredes havia sido tocada por minhas mãos, restaurada por mim, trazida de volta à vida.

Mas nesta noite, eu era apenas uma estranha.

Percorri o salão procurando um rosto familiar.

E então eu o vi.

Dante estava no centro do salão, seu terno preto fazendo-o parecer ainda mais alto, mais imponente.

Seu braço envolvia uma mulher deslumbrante, Isabella Rossi, sua noiva.

Ela vestia um vestido vermelho intenso, tal qual uma rosa desabrochando.

Meu peito apertou.

Lembrei daquela noite, três meses atrás. Ele estava me abraçando.

Cada movimento seu dentro de mim era profundo e intenso, beijando as lágrimas que escorriam dos meus olhos.

Ele disse que não queria se casar com Isabella. Que sua família o forçava. Que desejava ficar comigo para sempre.

Na manhã seguinte, agiu como se nada tivesse acontecido e anunciou o noivado.

— Olha quem chegou. — Uma voz cortante veio de trás de mim.

Virei-me. Isabella caminhava em minha direção com uma taça de vinho tinto, um sorriso perfeito estampado no rosto.

— Elara, você está absolutamente... deslumbrante esta noite. — Sua voz era doce como mel envenenado.

— Obrigada. — Respondi, com uma curta resposta.

— O branco lhe cai bem. — Disse ela, parando na minha frente, um brilho de maldade nos olhos. — Uma cor pura para uma profissão tão pura, não é? Restaurar pinturas antigas. Um trabalho tão...elegante.

Senti que todos do salão estavam nos olhando.

— Isabella, eu só vim para...

— Veio para o quê? — Ela me interrompeu, a voz fina feito uma lâmina. — Pra estragar minha festa? Pra lembrar que ele ainda tem uma amante?

O ar congelou.

Todas as conversas cessaram.

Todos estavam olhando.

Amante.

A palavra foi como uma faca cravada em meu coração.

— Eu não...

De repente, Isabella atirou o vinho em mim.

O líquido gelado encharcou o cetim branco, desabrochando como uma flor vermelho-sangue em meu peito.

Silêncio absoluto.

— Ah, meu Deus, sinto muito. — Isabella suspirou, tapando a boca com uma encenação teatral de surpresa. — Minha mão escorregou. Assim como algumas pessoas têm o hábito de "escorregar" para lugares onde não pertencem. Como a cama do Don.

As pessoas começaram a sussurrar. Eu ouvia as palavras "amante do Don" e "pagando a dívida com o corpo"

Fiquei parada, sentindo o vinho escorrer do meu vestido para o chão.

Foi então que a multidão se abriu.

Dante aproximou-se.

Meu coração acelerou. Ele me defenderia? Diria a todos que eu não era uma amante, mas sim a mulher que ele ama?

Ele parou diante de nós, seu olhar alterando entre eu e Isabella.

— O que está acontecendo? — Sua voz era calma. Fria. A mesma frieza da manhã em que acordou ao meu lado.

— Querido, sinto muito. — Isabella atirou-se imediatamente em seus braços. — Só estava cumprimentando a Senhorita Vance e acabei esbarrando nela.

Os olhos de Dante, os mesmos olhos que sussurraram "te amo" enquanto me possuía, agora me encaravam com frieza absoluta.

— Senhor Costello — Comecei, com a voz trêmula, — Posso Explicar...

— Não é necessário. — Ele me interrompeu, então se dirigiu à multidão. Fez uma pausa, seu olhar deixando o salão em silêncio. Então proferiu as palavras que estilhaçaram o que restava do meu coração:

— A Senhorita Vance é uma funcionária — Declarou, com uma voz calma e serena — Nada mais.

Sua relação com esta família é estritamente profissional. Ela não tem o direito de perturbar esta noite, nem de perturbar minha noiva.

O mundo começou a girar.

Seus olhos eram tão frios que pareciam poder me despedaçar.

Mas foi ele quem me pediu para vir...

— Segurança — A voz de Dante cortou o ambiente. — Tirem ela daqui.

Isabella sorriu com ar de superioridade em seus braços.

Eu olhei para eles. Aquele homem que tentei não amar, mas por quem me apaixonei mesmo assim, ao longo de cinco longos anos.

Ele estava abraçando outra mulher, fazendo vista grossa à minha humilhação;

Os guardas se aproximaram de mim.

— Não se incomodem — Disse, erguendo a postura. — Eu sei sair sozinha.

Virei-me e caminhei para a saída.

Atrás de mim, ouvi a voz doce de Isabella. — Querido, vamos dançar?

Empurrei as portas e fui recebida por uma chuva gelada.

Fiquei parada ali, deixando que a água lavasse as lágrimas do meu rosto e o vinho do meu peito.

Dez anos atrás, eu tinha tropeçado na rua. Seu carro me atingiu.

Lembro de ficar deitada no asfalto molhado, a chuva escorrendo sobre mim, pronta para morrer.

Ele surgiu como um deus, um salvador resgatando-me dos escombros da minha vida.

Esta noite, foi ele quem me jogou de volta ao fogo.

De volta ao meu apartamento, mal havia trocado o vestido molhado quando meu celular vibrou.

Uma mensagem de texto:

[Não estrague minha união com Isabella. Você conhece as consequências. Aquelas noites foram um erro. Esqueça-as. — D.C.]

Olhei para a tela, meu coração foi se transformando em gelo.

Um erro.

Tudo que tivemos foi apenas um erro.

Meu dedo ficou parado em cima da tela por um longo tempo antes que eu finalmente respondesse:

[Não se preocupe, Sr. Costello. Cansei de amar você.]
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