A noite estava calma, e o reflexo da lua sobre a piscina parecia um convite silencioso à contemplação. Eu havia colocado os gêmeos para dormir mais cedo, depois de uma tarde cheia de brincadeiras e risadas. A casa estava tranquila, silenciosa, e eu mesma precisava desse momento para respirar.
Sentei na beira da piscina, com os pés mergulhados na água fresca. O contraste entre o calor suave da noite e a frieza da água me trouxe uma sensação de paz. Fechei os olhos por alguns segundos, ouvindo apenas o som distante dos grilos e o leve movimento da água quando balançava os pés.
Foi nesse instante que ouvi os passos de Gael. Ele ainda estava com o terno impecável, a gravata frouxa e um semblante cansado.
— Gael… — chamei baixinho, levantando a mão.
Ele parou por um instante, me observando, e um sorriso discreto surgiu em seus lábios.
— Olha só o que temos aqui… — disse, com a voz rouca do cansaço. — Você parece uma sereia sentada aí.
Soltei uma risada leve, balançando os pés dentro da ág