Ainda sentia o gosto do vinho em meus lábios misturado ao sabor de Gael. Meu coração estava acelerado como se tivesse corrido uma maratona, mas eu não havia saído do lugar. Apenas o toque dele era suficiente para me deixar completamente entregue.
Ele se afastou por um instante, mas não demorou a voltar a encostar a testa na minha. Sua respiração estava quente, próxima demais da minha, e um sorriso discreto desenhou-se em seus lábios.
— Leandra… — sua voz soou grave, carregada de uma intensidade que me fez arrepiar inteira. — Você não tem ideia do que causa em mim.
Senti minhas pernas tremerem, mesmo estando sentada. Fiz um esforço para manter o controle, mas era impossível. O jeito como ele me olhava parecia atravessar minha alma.
— Acho que você também não tem ideia do que causa em mim. — murmurei, sorrindo tímida, mas cheia de coragem.
Ele riu baixo, aquela risada rouca que sempre denunciava que estava no limite de se conter. E, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Gael se lev