Leandra Félix
O riso de Bruno ainda ecoava pela sala quando um movimento diferente à entrada chamou minha atenção. Antes que eu me levantasse, vi a figura de um homem alto, com ombros largos e uma presença que não passava despercebida. Ele era parecido demais com Gael, quase como olhar para um reflexo mais maduro: o mesmo olhar firme, a mesma imponência natural, mas suavizada por traços de serenidade que só o tempo traz.
— Olha só… — disse ele, com um sorriso cheio de orgulho. — A família reunida.
Gael levantou-se na mesma hora, quase sem pensar, e foi até ele.
— Pai! — chamou, a voz carregada de afeto.
O abraço dos dois foi forte, verdadeiro, do tipo que dispensa palavras. Charlotte ergueu os olhos do sofá e, sem se alongar, apenas comentou, olhando para mim:
— James.
Ele então se voltou para mim. Havia calor no olhar, uma gentileza rara. Não era aquele escrutínio frio ao qual eu já estava acostumada. Era como se, em vez de medir, ele me aceitasse de imediato.
— Então você deve ser L