O almoço foi mais leve do que se poderia imaginar. Entre conversas, risos dos meninos e algumas provocações de Gael, ficava claro que James e Charlotte eram o oposto do que se esperava. Não eram um casal rígido e inacessível; havia neles uma naturalidade quase desconcertante.
Enquanto a sobremesa era servida, James resolveu compartilhar uma das histórias da juventude de Gael.
— Você deveria ter visto a cara dele, Leandra — disse, rindo, enquanto apontava para o filho. — Aos doze anos, Gael decidiu que ia escalar a figueira da chácara para provar que era mais corajoso que os primos. Subiu tão rápido que esqueceu de respirar. Mas, quando foi descer… ficou travado lá em cima.
Charlotte não perdeu a chance de completar, gargalhando.
— Travado é bondade, James. Ele chorava que nem um bebê e gritava para eu chamar os bombeiros!
O olhar incrédulo se voltou para Gael, que desviou os olhos, visivelmente corado.
— Mãe, pai… sério? Precisam mesmo contar isso? — resmungou, passando a mão pelo