O sorriso dela foi tão acolhedor que a vergonha da cena só aumentou. Estava toda amassada, com o baby doll e respingada de mingau, mas Gael, ao meu lado, parecia se divertir com a situação, como se fosse apenas mais uma peça pregada pelo destino.
— Desculpe pela bagunça — murmurei, sem graça, tentando parecer menor do que era.
— Não se preocupe, querida. Muito prazer, sou Charlotte Lubianco. É um prazer conhecê-la.
Havia doçura em sua voz, e o gesto seguinte me surpreendeu: ela tomou Bruno no colo sem hesitar, mesmo sujinho, ajeitando-o com carinho. Depois puxou Breno para si, beijando o topo da cabecinha dele como se já os tivesse amado a vida inteira.
— Mãe, cadê o pai? — Gael perguntou.
— Está a caminho. Ele demorou demais, e eu não quis esperar — respondeu ela com naturalidade.
— Quando chegaram? — insistiu.
— Hoje de madrugada. Mas não se preocupem comigo. Vou conversar um pouco com Francisca enquanto vocês terminam o café.
Devolveu os meninos com calma e se retirou, deixando atr