Leandra Félix
Acordei com os primeiros raios de sol entrando pelas cortinas do quarto e, pela primeira vez em muito tempo, senti uma energia leve percorrer o corpo. Era um despertar diferente, revigorante, como se cada músculo tivesse recarregado após uma noite de descanso verdadeiro. Olhando para o lado, percebi que Gael não estava na cama. Um leve sorriso surgiu nos lábios. Ele sempre acordava cedo, mas hoje parecia ter desaparecido, talvez com algum plano secreto.
Fiquei imóvel por alguns segundos, ouvindo o silêncio da casa, até que um som familiar chegou aos ouvidos: a voz de Gael. Não estava no quarto, mas através da babá eletrônica podia ouvir sua entonação suave e paciente. Conversava com os meninos, dando instruções, cantando baixinho para acalmá-los, e o som era irresistivelmente reconfortante. Um sorriso surgiu sem perceber, e uma pontada de felicidade simples, quase infantil, aqueceu o peito.
Não resisti e fui até o quarto dos meninos. Parei na porta, apenas observando. Ga