Eun-woo alugou um apartamento para a gente e nos tirou da pensão.

Segundo ele, as crianças precisavam de mais espaço, de um lar de verdade — mesmo quando eu dizia que a pensão estava ótima, mesmo quando eu tentava convencê-lo de que não precisávamos de luxo. Mas ele era irredutível. Disse que eles mereciam o melhor, e que ele podia dar isso.

O apartamento não era exagerado, mas era lindo. Arejado, ensolarado, com três quartos, sala ampla, cozinha bem equipada e uma varanda com vista para um pequeno parque. Quando vi meus irmãos correndo pelo novo lar com os olhos brilhando, percebi que não poderia agradecer o suficiente por aquilo.

— Se eles estão felizes, então valeu a pena — ele disse, observando as crianças pela porta entreaberta da varanda. Havia algo terno em seu olhar. Quase paterno.

Naquela mesma semana, ele insistiu em me levar ao médico. Disse que, antes de qualquer passo, antes mesmo de avançarmos no contrato, precisávamos ter certeza de que tudo estava bem comigo. Fizemos u