Um casamento tramado, Aurora será a noiva de um Bilionário. Mas o noivo não é o que ela pensava. Implacável, Difícil de lidar, Impossível de agradar. E... cadeirante. Tudo isso são as descrições que ela já conhece do seu futuro noivo, e o pior, seus olhos frios mostram que ela terá uma vida de casamento horrível. Será que ele já sabia de tudo? Sabia que Aurora era a sua noiva substituta? Aurora agora segue em direção ao altar com o coração nervoso e um segredo sem tempo para recuar. E do outro lado, uma corrente gelada percorreu a espinha de Andrews. Ele cerrou os punhos mantendo a expressão calma, mas ele estava sob ódio ao vislumbrar Aurora e perceber que algo estava muito errado. — Bem-vinda ao inferno, querida!
Leer másPOV AURORA
Implacável. Difícil de lidar. Impossível de agradar. E... cadeirante.
Era tudo o que eu conseguia gravar sobre o homem que, em menos de uma semana, se tornou aquele com quem eu deveria me casar, com alguém que eu estava sendo obrigada a me unir, após ter sido negociada pela minha própria irmã, ao menos é essa a certeza que tenho apos algumas coisas que ouvi.
Eu estava trabalhando como empregada na mansão da minha irmã quando tudo começou a dar errado. Se bem que… já estava dando errado desde o instante em que pisei os pés ali.
Para começar, eu só fui até aquela casa porque precisava encontrar meu pai. Precisava de ajuda. Mas o vi tão pouco... e ele mal me dirigia a palavra, como se eu fosse um problema iminente. E talvez fosse mesmo. Eu tinha vindo para trazer problemas — e buscava soluções.
Tentei falar com minha irmã mais velha. Aquela com quem eu nunca tive nenhum tipo de relação antes.
Ela jurou que ia me ajudar. Me convenceu a aceitar o trabalho na mansão, prometendo que pagaria bem. Disse que era temporário, que eu poderia juntar dinheiro. E eu acreditei.
Mas desde o primeiro dia, percebi que tudo o que ela queria era me humilhar.
Apesar de tudo, de estar em uma situação difícil, me sentia aliviada por não estar mais lá dentro. Eram tantas regras absurdas, tantas limitações… eu mal podia levantar a cabeça com dignidade sem ser punida. Nunca pensei que passaria um mês vivendo daquele jeito.
E no fim? Ela simplesmente não me pagou. Nenhuma explicação. Nada, e me cedeu como esposa a alguém que eu nunca vi, alguém que eu ouvir por trás das portas que tinha pagado uma quantia muito alta por esse casamento.
Só me deixou ali, presa num jogo sujo que eu nem sabia que estava jogando.
De repente, eu estava envolvida em um acordo que não era meu. Um casamento que eu não escolhi. Com um homem que eu nunca tinha visto na vida.
Sei muito pouco sobre ele… mas, pelas fotos, parece ser uma pessoa extremamente complicada. É como se fosse um perigo escondido atrás de um terno elegante e uma aparência impecável — mesmo sentado numa cadeira de rodas.
Andrews Westwood.
O homem mais poderoso da cidade. O tipo de homem que todos temem… mas ninguém ousa desafiar.
E agora… era com ele que eu deveria me casar.
Não por amor. Nem por escolha. Mas por desespero.
Porque, depois de tudo… o que me restava?
Eu queria o dinheiro que esse casamento poderia me dar. E vou atrás disso. A qualquer custo.
Andrews Westwood, meu futuro marido, se ele não desistir quando me ver, estarei amarrada a ele para sempre.
Eu estava sentada no carro quando as lágrimas começaram a cair. Mas as sequei rápido. Não podia parecer fraca. Não agora.
Minha vida nunca foi fácil. E, sinceramente, ser humilhada naquela mansão não foi o pior. O pior era essa sensação constante de estar sendo usada... descartada.
Mas dessa vez, algo dentro de mim mudou.
Eu estava com raiva. Raiva da minha irmã. Raiva do sistema. Raiva de mim mesma por ainda estar ali.
E medo. Medo dele. De Andrews Westwood.
Li tudo o que podia sobre ele. As manchetes o colocavam como um bilionário impiedoso. Um homem que construiu um império mesmo depois de perder o movimento das pernas. Um gênio cruel. Um estrategista que não perdoa erros.
E agora, ele seria meu marido.
Quando cheguei ao salão, fui tratada como uma boneca. Roupas finas, joias, maquiagem... Tudo que sempre pareceu tão distante de mim.
Me olhei no espelho e mal me reconheci. Estava linda, mas vazia. Uma noiva sem alma, pronta para subir ao altar com um estranho.
Eu saí do quarto por um instante, soube que ele estava no quarto ao lado, eu queria ver ele por um segundo e a porta estava entreaberta.
Andrews Westwood.
Dizem que ele raramente sorri, e quando o faz, é só para intimidar. Alto, imponente mesmo sentado, cabelo escuro sempre penteado para trás, olhos cinzentos que congelam qualquer um.
Ao lado dele, seu braço direito, Um homem leal, experiente, mas claramente desconfortável com o que estava prestes a acontecer.
— Foi uma surpresa ela aceitar o casamento — disse Donovan, cruzando os braços.
Andrews apenas sorriu. Frio. Cruel.
— Ela não tinha escolha. Foi encurralada. Eu sou a única saída respeitável que restou para ela.
— E você realmente acredita que ela não vai tentar fugir?
— Ela tentou fugir de mim uma vez — Andrews disse, com a voz baixa e amarga. — E olha onde isso a trouxe. De volta. Só que, dessa vez... como minha esposa.
Donovan hesitou.
— Você não acha estranho ela insistir pra só ser vista no altar?
— Pelo contrário — respondeu Andrews, com um brilho perverso no olhar. — Vai ser ainda mais interessante. O mundo inteiro vai vê-la segurando a mão de um homem que ela despreza. Vai sorrir pras câmeras, fingir que está feliz. Mas eu vou saber a verdade. Eu sempre sei.
E, virando-se para a janela, completou com uma tranquilidade cortante:
— Quando tudo acabar... ela já estará presa a mim.
Eu ouvi brevemente e corri para minha sala novamente em menos de cinco minutos ele teria uma surpresa bem desagradável
A música começou.
O salão inteiro se levantou. As câmeras dispararam seus flashes. A expectativa era imensa.
E então... eu entrei.
Caminhei pelo corredor como se estivesse flutuando. Por fora, impecável. Por dentro, aos pedaços apavorada.
Andrews ergueu o olhar, esperando ver minha irmã, mas lá estava eu...
Mas eu vi nos olhos a surpresa quando ele percebeu que não era ela.
Cap.17A sala de arquivos era ampla, silenciosa e organizada como um labirinto de conhecimento. Estantes altas de aço, preenchidas com caixas numeradas, livros antigos e documentos importantes, cobriam as paredes.Em uma das extremidades, Gabriel organizava seu espaço com satisfação: uma bancada de equipamentos de digitalização, uma mesa pessoal com duas telas grandes, uma área de descanso com um futon dobrado, cafeteira, uma planta em vaso e até uma luminária retrô. O ambiente era seu refúgio. Andrews tinha cuidado disso nos pequenos detalhes.Ele estava digitando em um dos computadores quando a porta se abriu.O assistente apareceu com a expressão neutra.— Senhor Gabriel, você terá uma assistente a partir de hoje.Gabriel parou de digitar.— Assistente? Mas o senhor Andrews me disse que eu trabalharia sozinho.Antes que o assistente pudesse responder, Brenda entrou.Trazia uma caixa nos braços, os cabelos ainda úmidos e presos em um coque torto, os óculos escondendo parte de seu ro
Cap. 16— Está bem. Eu vou conversar com a Brenda. Ver o que está acontecendo de verdade. E prometo… ela não será demitida, mas não sei o que fazer ainda. Esteja preparado para o fato de que eu possa suspendê-la por alguns dias. Quanto à esposa do Jonas, ela será demitida por justa causa, principalmente por agredir outro funcionário dentro da empresa.Gabriel sorriu pela primeira vez desde que entrara ali. Um sorriso pequeno, discreto, mas cheio de alívio.— Obrigado. Eu prometo que vou compensar com muito trabalho.— Me compense tirando preocupações dos ombros da Aurora. Mostre, a cada dia, que você está se superando.— O que está acontecendo com minha Aurora? Você está com uma preocupação estranha.— Bom... não é nada demais. Aurora às vezes adoece facilmente desde a gestação, e as preocupações têm deixado ela ainda mais doente. Tenho medo de que esteja com depressão pós-parto e esteja escondendo isso, fingindo que está bem. Algumas vezes a encontro deitada, chorando sozinha, sem sa
Cap.15— Que diabos está acontecendo aqui?! — perguntou, se aproximando com autoridade.A mulher se ergueu com dificuldade, o salto escorregando, os cabelos grudados na testa e o vestido salpicado de café.Sem hesitar, ela apontou o dedo, desesperada, mas assim que viu quem era, todos se afastaram com receio. A maioria se entreolhou e se dispersou.— A sua empresa abriga amantes agora?! É isso?! A imagem da sua marca vai pro lixo se continuar tolerando esse tipo de gente aqui dentro! Além de homens que agridem mulheres!— Está falando do meu genro? — Andrews perguntou, encarando a mulher e todos ao redor, que ficaram ainda mais alarmados.— Genro do senhor Andrews? Como assim? — uma das mulheres comentou, e um homem se aproximou.— Senhor Andrews, não temos nada a ver com isso. Seu genro estava defendendo uma moça que estava sendo agredida por ela — disse ele, apontando para a mulher.— Ela estava se envolvendo e perseguindo meu marido! Como queria que eu reagisse?! Estou defendendo m
Cap. 14Gabriel continuava parado, os fones pendendo do pescoço, enquanto observava.No início, pensou que a mulher de salto alto e aparência impecável fosse ajudar a moça caída no chão, e que aquilo tinha sido apenas um acidente.Era o que qualquer pessoa decente faria. Brenda ainda assimilava tudo que havia acontecido. Estava toda suja de café, com as mãos tremendo e o rosto abaixado, tentando não chamar ainda mais atenção no meio daquela vergonha.— Agora você vai ver o que é perder seu emprego e a pouca dignidade que tinha ao se envolver com um homem casado. — a mulher disse, olhando para Brenda, que arregalou os olhos, atônita.Mas então, a mulher ergueu a voz.— Olha aqui, todo mundo! — gritou, atraindo imediatamente os olhares dos funcionários mais próximos, que pararam de digitar, de andar, de falar, observando a confusão.Brenda, ainda sentada no chão, nem conseguiu erguer o rosto. Estava imóvel, como se congelada ao perceber em que situação tinha se envolvido. Parecia que Jo
Cap.13— Aqui é onde tudo acontece — comentou Andrews, com um leve orgulho na voz ao atravessar as portas de vidro da sede. — É uma das nossas filiais mais movimentadas. Hoje você vai conhecer seu espaço e começar a entender como tudo funciona. Nada complicado. Pelo menos, não pra você.Gabriel observava tudo em silêncio. Seus olhos percorriam as paredes claras, os painéis espelhados, as escadas de aço, absorvendo cada detalhe com atenção silenciosa, quase calculista.Um funcionário se aproximou. Alto, magro, de óculos retangulares e postura gentil.— Este é o Rick. Ele vai te mostrar as instalações e te ensinar os processos iniciais do setor onde você vai ficar — explicou Andrews. — Mas se em algum momento você quiser que eu acompanhe…— Está tudo bem. — Gabriel o interrompeu com firmeza tranquila. — Eu posso fazer.Andrews o encarou por um segundo, quase surpreso com a segurança firme na voz do rapaz. Então assentiu, satisfeito.— Ótimo. Então vamos lá. — Continuaram andando pelos c
Cap. 12— Abri uma vaga nova na empresa. E ela... já tem dono. — Andrews anunciou, sentando-se ao lado de Aurora.Aurora franziu as sobrancelhas, confusa. Ele colocou um crachá sobre a mesa, deslizando-o na direção dela.— É para o seu irmão. Ele começa amanhã. Estive pensando... sei que as coisas estão acontecendo rápido, mas ele tem gostado de cada coisa que experimenta, e eu pensei em observar no que ele realmente se encaixaria. Acontece que ele tem curtido ir à academia, e também está se adaptando bem à faculdade. Isso está sendo ótimo.Ela ficou em silêncio por alguns segundos, o coração batendo mais rápido, como se tivesse medo de comemorar cedo demais.— Andrews... — sua voz saiu baixa. — Você tem certeza? Gabriel sempre foi muito introvertido. Além disso... não sei como ele vai lidar com as garotas, se tentarem se aproximar. Ele está apenas coexistindo, sem querer socializar, e ainda tem dificuldades com isso... principalmente por causa de situações que viveu no bairro. Todo m
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