Esposa impostora e o Magnata Sombrio.
Esposa impostora e o Magnata Sombrio.
Por: Cristina Cristey
1: Um casamento tramado.

POV AURORA

Implacável. Difícil de lidar. Impossível de agradar. E... cadeirante.

Era tudo o que eu conseguia gravar sobre o homem que, em menos de uma semana, se tornou aquele com quem eu deveria me casar — mesmo contra a minha vontade.

— Eu estava trabalhando como empregada na mansão da minha irmã quando tudo começou a dar errado. Se bem que… já estava dando errado desde o instante em que pisei os pés ali.

— Para começar, eu só fui até aquela casa porque precisava encontrar meu pai. Precisava de ajuda. Mas o vi tão pouco... e ele mal me dirigia a palavra, como se eu fosse um problema iminente. E talvez fosse mesmo. Eu tinha vindo para trazer problemas — e buscava soluções.

— Tentei falar com minha irmã mais velha. Aquela com quem eu nunca tive nenhum tipo de relação antes.

— Ela jurou que ia me ajudar. Me convenceu a aceitar o trabalho na mansão, prometendo que pagaria bem. Disse que era temporário, que eu poderia juntar dinheiro. E eu acreditei.

— Mas desde o primeiro dia, percebi que tudo o que ela queria era me humilhar.

— Apesar de tudo, de estar em uma situação difícil, me sentia aliviada por não estar mais lá dentro. Eram tantas regras absurdas, tantas limitações… eu mal podia levantar a cabeça com dignidade sem ser punida. Nunca pensei que passaria um mês vivendo daquele jeito.

— E no fim? Ela simplesmente não me pagou. Nenhuma explicação. Nada.

— Só me deixou ali, presa num jogo sujo que eu nem sabia que estava jogando.

— De repente, eu estava envolvida em um acordo que não era meu. Um casamento que eu não escolhi. Com um homem que eu nunca tinha visto na vida.

— Sei muito pouco sobre ele… mas, pelas fotos, parece ser uma pessoa extremamente complicada. É como se fosse um perigo escondido atrás de um terno elegante e uma aparência impecável — mesmo sentado numa cadeira de rodas.

— Andrews Westwood.

— O homem mais poderoso da cidade. O tipo de homem que todos temem… mas ninguém ousa desafiar.

— E agora… era com ele que eu deveria me casar.

— Não por amor. Nem por escolha. Mas por desespero.

— Porque, depois de tudo… o que me restava?

— Eu queria o dinheiro que esse casamento poderia me dar. E vou atrás disso. A qualquer custo.

Andrews Westwood — meu futuro marido, se ele não desistir quando me ver, estarei amarrada a ele para sempre.

Eu estava sentada no carro quando as lágrimas começaram a cair. Mas as sequei rápido. Não podia parecer fraca. Não agora.

Minha vida nunca foi fácil. E, sinceramente, ser humilhada naquela mansão não foi o pior. O pior era essa sensação constante de estar sendo usada... descartada.

Mas dessa vez, algo dentro de mim mudou.

Eu estava com raiva. Raiva da minha irmã. Raiva do sistema. Raiva de mim mesma por ainda estar ali.

E medo. Medo dele. De Andrews Westwood.

Li tudo o que podia sobre ele. As manchetes o colocavam como um bilionário impiedoso. Um homem que construiu um império mesmo depois de perder o movimento das pernas. Um gênio cruel. Um estrategista que não perdoa erros.

E agora, ele seria meu marido.

Quando cheguei ao salão, fui tratada como uma boneca. Roupas finas, joias, maquiagem... Tudo que sempre pareceu tão distante de mim.

Me olhei no espelho e mal me reconheci. Estava linda, mas vazia. Uma noiva sem alma, pronta para subir ao altar com um estranho.

Eu sai do quarto por um instante, soube que ele estava no quarto ao lado, eu queria ver ele por um segundo e a porta estava entreaberta.

Andrews Westwood.

Dizem que ele raramente sorri, e quando o faz, é só para intimidar. Alto, imponente mesmo sentado, cabelo escuro sempre penteado para trás, olhos cinzentos que congelam qualquer um.

Ao lado dele, seu braço direito, Um homem leal, experiente, mas claramente desconfortável com o que estava prestes a acontecer.

— Foi uma surpresa ela aceitar o casamento — disse Donovan, cruzando os braços.

Andrews apenas sorriu. Frio. Cruel.

— Ela não tinha escolha. Foi encurralada. Eu sou a única saída respeitável que restou pra ela.

— E você realmente acredita que ela não vai tentar fugir?

— Ela tentou fugir de mim uma vez — Andrews disse, com a voz baixa e amarga. — E olha onde isso a trouxe. De volta. Só que, dessa vez... como minha esposa.

Donovan hesitou.

— Você não acha estranho ela insistir pra só ser vista no altar?

— Pelo contrário — respondeu Andrews, com um brilho perverso no olhar. — Vai ser ainda mais interessante. O mundo inteiro vai vê-la segurando a mão de um homem que ela despreza. Vai sorrir pras câmeras, fingir que está feliz. Mas eu vou saber a verdade. Eu sempre sei.

E, virando-se para a janela, completou com uma tranquilidade cortante:

— Quando tudo acabar... ela já estará presa a mim.

Eu ouvi brevemente e corri para minha sala novamente em menos de cinco minutos ele teria uma surpresa bem desagradável

A música começou.

O salão inteiro se levantou. As câmeras dispararam seus flashes. A expectativa era imensa.

E então... eu entrei.

Caminhei pelo corredor como se estivesse flutuando. Por fora, impecável. Por dentro, aos pedaços apavorada.

Andrews ergueu o olhar, esperando ver minha irmã, mas lá estava eu...

Mas eu vi nos olhos a surpresa quando ele percebeu que não era ela.

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