MIA
A noite derramava sua luz pálida pelo quarto, filtrada pelas cortinas semiabertas, envolvendo tudo em um brilho prateado e suspenso, como se o mundo inteiro prendesse a respiração junto comigo.
A brisa morna fazia as cortinas ondularem suavemente, e cada movimento parecia um sussurro antigo, um aviso invisível carregado pelo vento.
Apoiava-me no parapeito da janela, o rosto levemente inclinado para o céu, os olhos vagando por entre as estrelas dispersas.
A fina camisola de seda moldava-se ao meu corpo, deixando minha pele exposta à carícia fantasma da noite, tornando-me vulnerável, como uma oferenda sob o testemunho silencioso da lua.
Entre meus dedos trêmulos, o relic