MIA
O mundo parecia prestes a me engolir quando a porta explodiu em um estrondo ensurdecedor, como o trovão de uma tempestade furiosa.
O impacto reverberou dentro da minha cabeça entorpecida, despedaçando a névoa negra que me arrastava para o abismo.
Tomasio se virou, os olhos arregalados por um breve segundo de surpresa — um segundo que foi tudo de que eu precisei. Meu corpo cedeu e desabou no chão de madeira, arranhando os joelhos e os cotovelos enquanto eu arfava, tentando desesperadamente puxar o ar que ele havia esmagado dos meus pulmões.
Vi as botas pretas atravessarem o quarto como relâmpagos, pesadas, determinadas.
— Solta ela, seu desgraçado! — Vittorio rugiu, a voz