86- Pantera

Pantera Narrando

Acordei com o toque do rádio chiando na mesa. O bagulho já veio direto:

— Movimentação estranha na parte baixa do morro.

Nem tomei café, nem botei camisa. Só enfiei o radinho no bolso, calcei o chinelo e desci.

O sol nem tinha subido direito, mas a quebrada já tava no gás. Molecada encostada, olho virado, todo mundo querendo saber se era treta. E eu, bolado. Porque se tem uma parada que eu não suporto, é traíra querendo subir na miúda.

— Fica esperto, que hoje o dia vai ser longo — eu falei pro Blackout quando ele apareceu no beco com cara de sono.

— Que foi, Pantera? — ele perguntou coçando o olho.

— Tão querendo testar minha paciência, irmão. E eu não sou muito de dar segunda chance, não...

Na moral? Quando eu vejo os moleque querendo se criar, querendo ser Pantera, eu só dou risada. Porque ser Pantera é sangue nos olhos, visão de águia e mente fria. Não é pra qualquer um. Hoje, alguém vai aprender isso na marra.

Cheguei lá no alto do morro com o coração batendo
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App