Janete narrando
Eu tava ali, amarrada, sem saber o que tava rolando, mas com a cabeça trabalhando a mil por hora. O corpo tava dolorido, os pulsos queimando de tanto que tentaram me prender. Mas minha mente… essa tava afiada. Aquele lugar fedendo a mofo e um monte de gente estúpida achando que me tinham sob controle. Achando.
Eu tava presa, mas não uma prisioneira. Eu não me via assim. Sabia que, se me mantivesse calma, encontraria uma saída. No fim das contas, sempre achei que a liberdade vinha de dentro da cabeça, não de correntes ou grades.
Quando os caras saíram, deixaram um dos celulares ali, e a primeira coisa que fiz foi olhar pra ele com desdém. Se eu quisesse, poderia mandar mensagem pra qualquer um, pedir ajuda. Mas não. Eu tinha algo mais planejado.
Aquele celular tava na minha mão, a minha chance. Eu sabia que o Pantera ia me procurar. E ele ia vir forte. Porque quando ele se mete em alguma coisa, ele vai até o fim. Eu sabia disso. Ele não me deixaria pra trás.
Com um sor