Elize parou no meio do corredor, o peito subindo e descendo de forma descompassada.
Atrás dela, Arthur.
Na frente, Henrique.
Era como se o passado e o presente tivessem se unido para cercá-la. Ela olhou de um para o outro, sem saber pra onde correr.
Mas correr... já não parecia mais uma opção.
Os olhos de Henrique buscavam os dela com intensidade. Ele deu um passo à frente, abaixando o tom de voz:
— Elize... o que está acontecendo?
Ela mordeu o lábio, tentando controlar o tremor que dominava suas mãos. Uma parte dela queria fugir, desaparecer. A outra, cansada de esconder tanta coisa, implorava para ser ouvida.
Atrás dela, Arthur continuava em silêncio, mas o peso de sua presença pressionava as costas dela como uma sentença.
Elize fechou os olhos por um segundo e respirou fundo.
— Eu... — começou, mas a voz saiu falha. Tentou de novo. — Eu só preciso respirar. Um minuto.
Henrique afastou-se levemente, dando espaço. O olhar dele não era acusador, mas preocupado. Comedido.
E era