Capítulo 85 - Mão no estômago
Arthur estava passando pelo corredor quando viu Elize sair apressada da sala, pálida, a mão tremendo levemente ao tentar ajeitar o cabelo.

Ela mal notou sua presença, os olhos fixos no chão, como se estivesse tentando não desmoronar ali mesmo.

Ele franziu o cenho.

— Elize? — chamou, mas ela já tinha sumido na curva que levava aos banheiros.

Não era do feitio dela sair daquele jeito. Ainda mais depois de chegar tão empolgada pela manhã, com o andar confiante e aquele leve sorriso nos lábios.

Perguntou a Glória o que tinha acontecido, e ela só mostrou os processos que Elize folheava quando saiu, como se dissesse que também não sabia.

A pilha de pastas ainda estava ali, e uma delas — a que estava no topo — tinha sido largada aberta, como se tivesse sido rejeitada com urgência.

Arthur se aproximou.

Quando leu o nome impresso na capa, um arrepio percorreu sua espinha.

JOÃO VICENTINI.

Sentiu o estômago afundar. Agora fazia sentido.

Ele conhecia aquele nome. Não como um
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