Arthur estava passando pelo corredor quando viu Elize sair apressada da sala, pálida, a mão tremendo levemente ao tentar ajeitar o cabelo.
Ela mal notou sua presença, os olhos fixos no chão, como se estivesse tentando não desmoronar ali mesmo.
Ele franziu o cenho.
— Elize? — chamou, mas ela já tinha sumido na curva que levava aos banheiros.
Não era do feitio dela sair daquele jeito. Ainda mais depois de chegar tão empolgada pela manhã, com o andar confiante e aquele leve sorriso nos lábios.
Perguntou a Glória o que tinha acontecido, e ela só mostrou os processos que Elize folheava quando saiu, como se dissesse que também não sabia.
A pilha de pastas ainda estava ali, e uma delas — a que estava no topo — tinha sido largada aberta, como se tivesse sido rejeitada com urgência.
Arthur se aproximou.
Quando leu o nome impresso na capa, um arrepio percorreu sua espinha.
JOÃO VICENTINI.
Sentiu o estômago afundar. Agora fazia sentido.
Ele conhecia aquele nome. Não como um