Henrique passou a mão no rosto, claramente atordoado.
— A gente não pode simplesmente tomar esse anel da minha mãe. Ela vai surtar.
— Ah, eu sei — disse Arthur, sarcástico. — Ela quase me engoliu com os olhos quando ameacei contar para o pai.
— E o Augusto não sabe de nada disso? — Elize perguntou, ainda tentando processar.
— Não. E acho que é melhor continuar assim — respondeu Arthur, com gravidade.
Henrique se recostou na cadeira, encarando o teto como se esperasse encontrar as respostas escritas ali.
Elize apoiou os cotovelos na mesa e murmurou:
— Eu só queria tomar uma cerveja hoje, gente...
Henrique tentou esclarecer as coisas, ainda com o cenho franzido e o peso da informação recém-descoberta nos ombros.
— Temos que descobrir uma forma de conseguir esse anel — disse ele, num tom mais prático do que esperançoso.
Arthur deu um meio sorriso. Do tipo que ninguém gosta de ver.
— Calma… essa é a cereja do bolo.
Elize imediatamente estreitou os olhos, desconfiad