Helena apenas lançou um aceno cordial a Arthur ao passar pelo corredor, desejando bom dia, antes de seguir para sua sala com passos calmos e expressão neutra — embora os ouvidos atentos pudessem jurar ter captado algo curioso naquela frase sobre casamento.
Dentro da sala de reuniões, o silêncio pairou por alguns instantes.
Elize encarava Henrique, e ele desviava o olhar vez ou outra, visivelmente desconfortável.
— Você tá bem? — ela perguntou, quebrando o gelo.
Henrique pigarreou, forçando um meio sorriso.
— Claro. Quer dizer… é só que o Arthur, às vezes, exagera.
Elize arqueou uma sobrancelha.
— Achei que você fosse ficar bravo por ele ter sugerido eu escolher entre vocês dois… mas parece que ficou mais incomodado com a ideia do casamento.
Henrique a olhou, pego no flagra.
— Não é isso.
— É um pouco, sim — ela disse, com um sorrisinho no canto dos lábios. — Mas olha… você não precisa fazer isso. Eu dou um jeito. Posso pagar essa dívida de outra forma. Não quero qu