Alguns minutos se passaram e Elize, vencida pelo cansaço, adormeceu no colo de Henrique.
Ele continuava ali, em silêncio, fazendo carinho no cabelo dela com uma das mãos, enquanto a outra segurava o celular, mas sem realmente prestar atenção em nada. Só observava aquele momento raro de tranquilidade.
Uma batida suave na porta o fez levantar os olhos. Ele respondeu com a voz baixa, para não acordá-la:
— Pode entrar.
Arthur entrou com a cabeça já meio virada pra cena e uma sobrancelha arqueada.
— Dormindo em serviço? — sussurrou, divertido. — E ainda dizem que o nepotismo é um problema no Judiciário…
Henrique revirou os olhos, mas sorriu.
— Dá um tempo, Arthur. Semana de provas. Ela tá exausta.
Arthur cruzou os braços, se apoiando na moldura da porta.
— E você, está pronto?
Henrique assentiu, sem entender de cara.
— Pronto pra quê?
— Tô indo visitar o Vicentini. Resolvi que não dá mais pra adiar. Já sei com quem estou lidando, e ele precisa entender que a Elize não está sozinha nessa. N