Elize entrou primeiro. O quarto era simples, iluminado por uma janela que deixava entrar o sol suave da tarde.
Camila estava sentada ao lado da cama, segurando a mão de Gael, que dormia com o braço engessado repousando sobre uma almofada.
Assim que viu Elize, Camila se levantou com alívio no rosto — até travar no meio do movimento ao ver quem vinha logo atrás.
Henrique parou na porta, e os olhos dele foram direto para a criança deitada. E congelaram.
Gael.
Cabelos castanho escuro, levemente ondulados, pele clara, os traços do queixo e da boca idênticos aos seus. Dormindo, mas com aquela expressão teimosa que ele próprio fazia quando estava irritado ou com dor.
O ar pareceu sair da sala.
Camila engoliu em seco. Elize parou no meio do caminho, virou-se de lado e tentou suavizar o impacto com um sorriso hesitante.
— Ele quebrou o braço jogando bola — disse, baixinho, como se explicar o acidente fosse suficiente para distrair qualquer observação mais profunda.
Não foi.
Henrique