Elize acordou decidida. Não era só mais um dia no escritório — era o dia de não passar despercebida.
Vestiu uma calça de alfaiataria impecavelmente alinhada, uma blusa leve e elegante, e finalizou com um par de brincos discretos, mas escolhidos a dedo.
Os cabelos estavam tão lisos e alinhados que pareciam ter saído de uma escova profissional naquela manhã.
A maquiagem, mais caprichada do que o habitual, não era exagerada, mas deixava claro o recado: Elize não entraria naquele dia para ser uma simples figurante.
Se Helena realmente aparecesse no escritório, Elize não pretendia parecer menor ou menos preparada.
Ao chegar no prédio, encontrou Rodrigo no hall, esperando o elevador.
Ele bateu os olhos nela e deu uma leve arregalada antes de soltar, num tom brincalhão:
— O que fizeram com a estagiária que o Henrique contratou?
Elize suspirou e sorriu de canto:
— Até você, Rodrigo?
Ele enfiou as mãos no bolso e inclinou a cabeça, pensativo.
— Elize, você tá aqui no esc