Era terça. Dia de Augusto. Também conhecido como o dia em que até a impressora parecia andar na ponta dos pés.
Mas naquela manhã, a tensão habitual tinha um quê diferente.
Elize chegou com passos firmes, camisa branca impecável, cabelo preso de lado — o visual profissional, mas com a leveza que já era sua marca registrada.
Henrique cruzou com ela no corredor e fez um leve aceno com a cabeça, os olhos dizendo mais do que qualquer palavra.
Elize sorriu, sem se deter. Ainda estava digerindo tudo, mas o sorriso dela estava voltando a ser real.
Mais tarde, na sala de reuniões, ela foi convocada por Glória para entregar documentos diretamente ao doutor Augusto.
— Ele quer revisar algumas petições da área cível e pediu você — Glória disse com um meio sorriso.
— Eu? — Elize piscou. — Tem certeza que não é outra Elize?
— Posso confirmar o CPF, se quiser — Glória retrucou, bem-humorada.
No fundo, Elize sabia que era mérito.
Depois de quase dois meses no escritório, seu tra