Quando ela saiu da sala dele, sentiu como se tivesse caminhado num campo minado emocional. Glória a esperava na recepção com a sobrancelha arqueada.
— Te agarrou?
— Pelo bolso.
— Tá ficando bom isso aí.
O resto da tarde passou tranquilo — pelo menos, na medida do possível.
Entre um protocolo e outro, Elize finalmente encontrou o vestido. O scroll parou. O coração também. O modelo era… impossível de ignorar.
Um tom vinho intenso e profundo como uma taça de merlot sob luz suave. A saia longa, fluida, tinha volume, mas não exagerava, marcando perfeitamente a curva dos quadris.
A parte superior trazia um decote reto, elegante, de ombro a ombro, com mini pétalas de um tecido fino, e o mais importante para Elize: uma manga longa, extremamente delicada, bordada a mão.
Elize quase sentiu um arrepio só de se imaginar usando aquilo.
Era clássico e moderno ao mesmo tempo. Imponente sem parecer forçado. Feminino sem ser óbvio.
Ela suspirou. Não era um vestido. Era uma declaraç