Elize atravessou o pátio da faculdade como quem carrega o mundo nas costas — e mais umas três dúvidas existenciais no bolso.
Sentou no banco de sempre, largando a mochila com um suspiro tão dramático que até a grama sentiu.
Lúcia e Bianca vieram logo atrás, carregando café, caderno e aquele radar emocional de amiga que detecta “vibe errada” a quilômetros.
— Que cara é essa, mulher? — Lúcia perguntou, largando o copo na mesa como se fosse a terapeuta oficial da república das abandonadas.
Bianca se sentou do lado, estreitando os olhos como quem já tinha dado nome ao sentimento.
— Foi ele, né?
Elize encarou as duas por um segundo, mordendo a tampinha da caneta, antes de bufar.
— Vocês sabem que Henrique e eu estamos ficando né?
As duas assentiram ao mesmo tempo, prontas pra dissecar.
— Pois é. Hoje eu cheguei no escritório atrasada porque a joaninha furou o pneu. E fui recebida com fofoca da recepcionista de que “outra” esteve a manhã toda com Henrique e Augusto.
Bianca arregalou os olho