Pouco depois que Helena saiu, Elize chegou.
Entrou apressada pela porta de vidro, o capacete ainda pendurado no braço e o rosto um pouco suado.
— Ele já tá aí? — perguntou entre os dentes, parando na recepção como quem não queria chamar atenção, mas claramente aflita.
Glória levantou os olhos devagar, segurando o riso.
— Já. Chegou tem uns quarenta minutos. — respondeu, com aquela entonação neutra de quem não entrega nada, mas insinua tudo.
Elize fechou os olhos por um segundo e soltou um suspiro.
Depois, sem dizer mais nada, virou nos calcanhares e disparou em direção ao banheiro.
Enquanto lavava o rosto e ajeitava o cabelo com os dedos, bufou diante do espelho.
— Justo hoje... justo hoje que essa scooter resolve furar o pneu no meio do caminho — murmurou, alisando a blusa com as mãos para tentar tirar o amassado do tecido.
Elize voltou para a mesa com a dignidade minimamente recomposta.
Rabo de cavalo baixo e alinhado, maquiagem retocada, e a blusa que antes parecia ter s