Era madrugada quando Helena acordou com um som seco. Clara tossia no quarto ao lado, mas havia algo estranho um chiado, como se o ar estivesse sendo cortado. Arthur já estava em pé, os olhos atentos, o corpo em alerta.
— Tem alguém lá fora — disse ele, sem hesitar.
Helena correu até Clara, que dormia agitada. O vidro da janela estava trincado. E no parapeito, um objeto pequeno, metálico, com fios expostos.
Arthur entrou correndo.
— É um dispositivo. Não é só ameaça. É invasão.
---
A polícia chegou em minutos. O prédio foi evacuado. O objeto era um transmissor parte de um sistema de rastreamento. Alguém havia tentado marcar Clara. Não eles. Clara.
Helena sentiu o chão desaparecer.
— Eles não querem só nos silenciar. Querem nos quebrar por dentro.
Arthur segurou sua mão.
— Mas não vão. Porque agora... mexeram no que é sagrado.
---
Nos dias seguintes, a segurança foi reforçada. Clara foi levada para um local seguro com Beatriz, que havia vindo de São Paulo às pressas. Helena e Arthur fi