Emily
O silêncio dele continuava grudado na minha pele.
Mesmo depois que fechei a porta e deixei Alexander do lado de fora, as palavras dele vibravam dentro de mim, latejando como um corte recém-aberto. Eu andava pelo quarto de um lado para o outro, tentando respirar, tentando entender como tudo que parecia tão certo… agora parecia tão condenado.
Ele é pai do Dylan.
Não importa quantas vezes eu repita isso na minha cabeça, ainda soa como uma mentira. Como uma dessas histórias absurdas que a vida inventa só pra ver até onde conseguimos suportar.
E o pior de tudo? Eu queria odiá-lo. Queria gritar, quebrar coisas, fazer com que ele sentisse metade do que estou sentindo agora. Mas quando olhei nos olhos dele… tudo o que consegui ver foi dor. Uma dor antiga. Uma culpa enraizada. E algo em mim que eu não queria admitir: compaixão.
Me joguei na cama, sentindo o colchão afundar como se ele também estivesse cansado de tudo. Meus dedos tremiam. Não sabia se era raiva, decepção ou a ausência abs