Charlotte
Charlotte olhou para o seu telemóvel, o seu dedo pairava sobre o número de Frederick. Pensou e repensou, mas o desejo de estar perto dele foi mais forte que as suas dúvidas. O seu coração estava atormentado pela culpa e pela necessidade de reconciliação, e sabia que o primeiro passo era admitir os seus erros.
O toque da chamada começou a soar, marcando o ritmo frenético do seu coração, que parecia a ponto de lhe romper o peito.
Do outro lado da linha, Frederick estava submerso no seu mundo, olhando para o telemóvel que piscava sobre a sua secretária, enquanto os seus olhos continuavam embaciados de lágrimas. Sem sequer olhar quem o chamava, rejeitou a chamada, absorto no seu próprio caos. Não tinha forças para enfrentar nada.
O som da caixa de mensagens de voz atingiu Charlotte como uma bofetada, o seu corpo tremeu e o telemóvel apertou-se contra o seu peito num impulso desesperado. Sem hesitar, voltou a marcar, sabendo que não podia voltar atrás.
«Mas quem diabos…?», Freder