O Genro e o Beijo
O carro preto parou suavemente diante da casa dos Nogueira.
Augusto desligou o motor e olhou de lado, com aquele meio sorriso que Eloise já reconhecia de longe — o sorriso que sempre vinha acompanhado de alguma ideia ousada.
— Não precisa descer — disse ela, cruzando os braços.
— Claro que preciso. — respondeu ele, soltando o cinto com calma. — Preciso ver como está meu futuro sogro.
Eloise arqueou uma sobrancelha. — Ah, pronto… não, Augusto.
Ele deu uma risadinha, já abrindo a porta.
—Sou o genro do senhor Carlos, senhorita Nogueira — e ele vai adorar me ver.
— Você é impossível. — resmungou ela, tentando esconder o riso.
Augusto a ignorou com a elegância ensaiada de quem sabia exatamente o efeito que causava. Caminhou até a porta, e Eloise o seguiu, balançando a cabeça, pronta pra intervir se ele resolvesse bancar o charmoso demais.
Mas, quando a porta se abriu, o que viram os deixou completamente sem palavras.
Na sala, Carlos e Cláudia estavam lado a la