O Sinal Amarelo
Enquanto o sol brilhava alto sobre Cidade Norte, a MonteiroCorp estava em completo silêncio.
Os corredores, sempre cheios de vozes e passos apressados, agora ecoavam apenas o som distante do ar-condicionado.
Era feriado.
Nenhum funcionário deveria estar ali.
Mas alguém estava.
Uma sombra atravessava o andar principal com passos calculados — sem pressa, sem ruído.
As luzes de presença acendiam à medida que ele passava, revelando o terno escuro e as luvas finas.
O crachá que trazia no peito era verdadeiro. O nome, nem tanto.
Nos monitores da sala de controle, o reflexo do homem surgia brevemente — um vulto entre as câmeras internas — antes de desaparecer novamente.
Diante da porta de vidro com o logotipo da MonteiroCorp — Tecnologia e Inovação, ele digitou uma senha com precisão milimétrica.
O painel fez um leve bip e a tranca liberou.
Lá dentro, o som dos servidores preenchia o ar.
Linhas de código corriam nas telas como rios de dados.
Ele se sentou diante