Novos Caminhos
O visor do elevador marcava 8h50.
Eloise respirava fundo, tentando acalmar o coração que batia rápido demais. O tailleur azul-marinho estava impecável, a saia lápis e a camisa clara denunciavam o esforço de parecer forte, mesmo que por dentro estivesse despedaçada.
A cada andar que subia, o nervosismo aumentava. O reflexo no espelho do elevador mostrava uma mulher séria, mas os olhos marejados não escondiam noites mal dormidas.
As portas se abriram.
No fim do corredor, Heitor Reis a aguardava. O homem de postura firme, sempre com aquele semblante sereno, a recebeu com um sorriso sincero.
— Eloise. — cumprimentou, abrindo a porta de sua sala e fazendo um gesto para que ela entrasse.
Ela se acomodou na cadeira diante da mesa, mas a ansiedade a dominava. Não resistiu e soltou, a voz baixa, quase trêmula:
— Você… você sabe o que aconteceu?
Heitor a observou por alguns segundos, o olhar escuro, firme, como se pudesse enxergar além das palavras. Então respondeu, conv