Silêncio entre Thomas e Sofia
Um beijo tenso, emocional, daqueles que aliviam e machucam
O quarto ficou silencioso assim que a porta fechou e os passos dos pais desapareceram no corredor.
Silêncio.
Denso.
Carregado.
Quase um terceiro corpo entre eles.
Thomas estava sentado ao lado da cama, mãos entrelaçadas, olhando para Sofia como se ela fosse uma visão que pudesse desaparecer a qualquer segundo.
Sofia o observava com a mesma intensidade — mas com outra coisa nos olhos.
Algo novo.
Firmeza.
Coragem.
Dor quieta.
E amor, muito amor.
Ela estendeu a mão devagar.
— Thomas…
Ele ergueu os olhos.
E ali — naquele instante — foi possível ver tudo:
a culpa
o medo
a fúria
a sensação de “quase perdi você” que devastava o peito dele.
Sofia apertou a mão dele, mesmo com os dedos ainda tremendo.
— Não foi sua culpa. — ela disse com suavidade. — Você me ouviu, Thomas? Não foi sua culpa.
Ele fechou os olhos, respirou fundo, mas a dor não cedia.
— Sofia… — a voz dele saiu quebrada. — Eu devia ter atendi