O apartamento de Sofia parecia pequeno demais quando ela entrou.
Mas não estava vazio.
Nada disso.
Assim que a porta abriu, o mundo inteiro dela correu em sua direção.
— RUIVINHA! — Eloise foi a primeira a abraçá-la, apertando forte, quase tirando o ar, mesmo com a barriga pesada.
Emma veio atrás, agarrando o rosto de Sofia com cuidado para não machucar.
Laís estava com um cobertor em mãos, como se pudesse protegê-la do mundo inteiro.
A mãe se emocionou ao vê-la cercada pelas amigas.
O pai — ainda desconfiado, ainda desconsertado — simplesmente virou o rosto, enxugando uma lágrima que fingiu não existir.
— Estamos aqui, tá? — Eloise disse, beijando a testa dela. — Todas nós.
Sofia respirou fundo.
O cheiro do apartamento.
O sofá.
Os quadros tortos na parede.
Tudo igual.
Mas nada igual.
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Os dias seguintes
A casa ficou cheia por quase uma semana.
As meninas revezavam para dormir com ela.
As tias ligavam.
Os vizinhos levavam comida.
A mãe limp