As viaturas frearam todas ao mesmo tempo, levantando uma nuvem de poeira grossa que engoliu o pátio abandonado. O silêncio que veio depois pareceu ainda mais ensurdecedor que as sirenes.
Atrás delas, o carro do pai de Sofia parou com a mesma violência. Armado saiu antes mesmo de desligar o motor, a respiração curta, o desespero estampado no rosto. Célia veio atrás, trêmula, agarrando o braço dele. Joel, o irmão, estacionou logo depois, correndo para cercá-la.
Os policiais bloquearam a passagem imediatamente.
— Senhor, senhora, não podem avançar! — um deles avisou, abrindo os braços.
— É a MINHA FILHA! — Armado rugiu, tentando forçar passagem. — Me deixa passar!
— Pai… — Joel segurou o ombro dele. — Eles sabem o que estão fazendo.
— Eu não vou ficar parado! — a voz dele quebrou no meio, rasgada de dor.
Nathalia correu e segurou Célia, que começara a soluçar.
— Vamos ter fé… — ela murmurou. — O Thomas vai trazer ela de volta. Ele vai.
O pátio era enorme.
Um mar de galpões anti