A madrugada simplesmente não existiu para aquela equipe.
As horas passaram como vultos:
Thomas analisando câmeras, voltando segundos, avançando quadros.
Alex puxando dados de placas, cruzando horários.
Nelson tentando rastrear qualquer sinal digital, qualquer celular próximo, qualquer coisa que respirasse perto da cena.
Bruna procurando localização, ligação, movimento irregular.
Era trabalho puro.
Trabalho desesperado.
Trabalho de quem ia preferir morrer a perder.
E ainda assim…
o relógio bateu 6h da manhã sem entregar absolutamente nada.
O barulho ecoou forte no corredor:
passos rápidos, vozes alteradas, portas batendo.
Thomas saiu da sala de monitoramento.
E viu.
Os pais da Sofia.
Exaustos.
Em pânico.
Tremendo.
A mãe dela o viu primeiro — e o mundo desabou no rosto da mulher.
— VOCÊ! — ela gritou, com o dedo apontado. — VOCÊ devia ter cuidado dela! Você devia estar com ela! VOCÊ—!
O pai segurou a esposa, mas ele mesmo estava transtornado.