Capítulo 10 — O Convite de Sangue

A carta chegou pela manhã, dobrada com precisão milimétrica, como se escrita por um monge. Papel grosso, cor creme, lacre vermelho com o símbolo de uma foice em curva — o símbolo de Barış. O mesmo que aparecia em suas tatuagens, nos muros de prédios abandonados e nos pesadelos de Mehmet.

Eu a encontrei sobre o aparador da sala, com meu nome e o dele escritos à mão, no que parecia ser uma caligrafia do século passado. Quando abri, minhas mãos tremeram.

“Uma noite. Um jantar. Entre inimigos que se conhecem melhor do que irmãos.

Venha só, Mehmet. Sem armas. Sem máscaras.

Deixe a mulher descansar. Ela não é o jogo.

Por enquanto.

B.”

A carta era um recado, mas também uma ameaça velada. Quando você entrou na sala, notei a forma como seu corpo endureceu ao ver o selo. Não precisou abrir para saber de quem era.

— Ele quer me testar. Ver se ainda sou o mesmo homem que deixou pra trás.

— E você é?

Você me encarou, e naquele momento, vi o que o espelho nunca mostrou: um homem quebrado em mil par
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